à Sônia Regina
Um dia, um passeio
Sob um sol despretensioso
Coração solto, sem anseio
O meu olhar alegre, curioso
Procurando por nada
Alguma coisa de concreto
Já que o chão ali era
Acho que estava perto
Eis que, de repente
Ninguém me chamou
Mas, só eu, é que sei
Com quem eu – se deparou –
Uma beleza diferente
Daquelas de doer de querer
Por estar tão distante
Não poder pegar para ver
Por tamanho encanto
Me envolvi em teu ser
Busquei a tua alma
Para poder te conhecer
Senti uma coisa esquisita
Cheguei tão dentro de ti
Embora estivesse tão longe
Parecia que eu estava ai
Ah! Se soubesses
Quão linda e bela te vi
Querias ter sido eu
Para viver o que senti
Te olhei por fora pra dentro
Vi mãe de criança carinhosa
Certeza na doçura do sorriso
Que espinhos terá essa rosa?
Na lembrança, inSônia
O pensamento alado
Tentando inacabar o dia
Repassando o passado
Quero o seu corpo
Te enlaçar com meu braço
Sair por aí, rodopiando
Nos perdermos pelo espaço
Mas, teria que ser
Como o sol e a lua
Eu em chamas de amor
Te iluminando toda nua…