Pirraça

Eu queria fazer uma poesia
Uma coisa à minha mania
Onde eu pudesse expressar
O porquê de me encantar.

Dizer que você é linda
Que sua beleza não finda
Que tudo em você tem sentido
Escrever, sem jamais ser contido.

Mas, por eu querer-te tanto
E você, assim, ressabiada
Esta máquina não escreve encanto
Este papel não absorve nada.

No entanto, balbucie – te amo –

Sua voz ecoará como canto
E, máquina e papel cheios de pranto
Transmitirão a todos o encanto
De nos amarmos tanto, tanto!