Dama da insônia

Em seu mar de tristezas
Onde pensava poder se afogar
Ondas quebravam nos olhos
Em forma de lágrimas
Banhando a praia da vida
Andava pelo quarto
Procurando pelos cantos
Da lembrança, tímida
Remexendo as gavetas
Da esperança, ínfima
Tentando encontrar
Seu amor, escasso
De repente pegou um livro
E começou a ler
Foi, como se fosse
Uma borracha, boa
Apagando aos pouquinhos
A dor da saudade…