Esse oco amor

Tenho uma flexa no peito
E uma lança na cabeça
Toda vez que penso, dói
Até que a razão esqueça

O sangue esparrama pela alma
A lembrança rega o passado
Dentro não tem mais nada
Está tudo esquisito e parado

Ninguém imagina, essa rima!
O amor preso, atolado
Esse sufoco que me sacode
E me joga para todo lado

Borboletas e bílis
Doces de recordação
Coração nu e oco
O vácuo frustra a ação

Não faço nada para rir
Nem cantar dá som
Ouço longe a alegria
A chorar, um bobão…