Tirando a forra

It wasn’t love, it was revenge
Non era amore, era vendetta
No fue amor, fue venganza
Ce n’était pas de l’amour, c’était de la vengeance
Is eram non amo erat vindicta…

Poemoterapeuta

Faço massagem de ego

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Atendo a domicílio.
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Despertar

Bom dia Phoenix
Minha bela rediviva.

Bom dia Ibis
Ave do meu Paraíso

Bom dia Harpia
Que rapinou meu coração

Bom dia Mumtaz Mahal
Rainha do Palácio de meus sonhos

Bom dia Canaã
Minha terra prometida

Bom dia Shangri La
Meu Horizonte perdido

Bom dia Górgona
Meu olhar petrificado

Bom dia Panacéia
Cura da minha alma

Bom dia Salomé
Minha dor de cabeça

Bom dia Dulcinéia
Meu Dom Quixotesco

Bom dia Cicuta
Meu veneno predileto

Bom dia Nirvana
Minha luz no fim

Bom dia Kafka
Meu labirinto

Bom dia Dostoievski
Meu crime e meu castigo

Bom dia Dante
Comédia da minha vida

Bom dia Magdala
Minha Via Crucis

Bom dia bíblia
Minha prece

Bom dia Roma
Dona de todos meus caminhos

Bom dia Toscana
Minha viagem na maionese

Bom dia Cerberus
Guardiã de meu inferno interior

Bom dia Titanic
Minha nau sem rumo

Bom dia Oráculo
Minha Pitonisa

Bom dia Aquiles
Minha Dalila

Bom dia lua
Meu eclipse

Bom dia Resposta
Para minha Pergunta

Bom dia laxante
Meu rastro

Bom dia Lisonjeada morena
Meu amor

Bom dia Saint-Exupéry
De seu pequeno príncipe…

Água

Água das veias
Que vem do veio
Água que lava
Água da lava
Que incandesce
Água, que a nuvem
Leva, água leve
Água que leva ao longe
O barco, a vida
Água que lava a ferida
Acesa, que punge, geme
Água que pinga
É a gota d’água
Água que seca, no frio
Esfria a alma
Água que desaparece
Evapora, deságua
É água que some
Se eleva
Água que canta
Água que chora
Água que não segura, escorre
Vaza, esvazia a água
Leva, me leva embora
Pro parto da flor
Do mar de orvalho
Água da canção
Que o vento, vela
Água quimera
Água que banha, a terra
Água que molha,
Os olhos dela
É a lágrima da espera
Oh! minha cabocla, leva!
Essa rosa amarela
Leva para Yansã
Eu fico aqui amando
O mar, natureza bela
Que meu coração revela
Diz a Yemanjá que
Minha alegria, sela!

Emparabolando

Colhi as uvas de Esopo e servi à raposa.
A formiga de La Fontaine, enviei para Paris…

Prepotência

Tinha um amor tão grande
Que não cabia no coração

Tinha um coração tão grande
Que não cabia no peito

Tinha um peito tão grande
Que não cabia no caixão

Tinha um caixão tão grande
Que não cabia no cemitério

Tinha um cemitério tão grande
Que não cabia na terra

Tinha uma terra tão grande
Que não cabia no universo

Tinha um universo tão grande
Que não cabia em si…

Veleiro

Estou no meio do amar
Calmaria total
Nenhuma brisa sopra
As velas da esperança todas levantadas
Melhor relaxar e esperar
Que venham os ventos!

Decoração

Eu queria te escrever
Queria riscar você
Do meu caderno
Te pintar de outrora
Acabar agora
Já está acabado
Mostrar ao sonho a verdade
Te derrubar na realidade
Te apagar do meu olho
Cisco, te tirar com um sopro
A tua imagem
Fugir do teu corpo
Te tirar, tatuagem
Redesenhar o futuro
Sair desse escuro
Esquentar esse inverno
Botar esse quadro dependurado
Na parede do passado…

Vida que recicla

O que foi hera era
Se foi flor, floriu
Se acaso acho alho, olho
Um jardim febril.

No lodo lótus noto
Ao acaso escolho
Papoula, para praia
Deserta, rosas colho.

Outra semente cria
Deus, pétala nova
Que o amor perfeito
Sempre viva…

Estorno

Um dia talvez,
No passado,
Eu volte e diga…

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