Estou me descolando dos ossos
Juntando os meus destroços
Vou me enterrar na insignificância
Jogar por terra minha ignorância
Lembro quando eu sonhava
Cantarolando sempre despertava
O peito todo cheio de ideal
A porta tão grande sem umbral
Não sabia que a dor tinha que doer
Pensei que toda flor fosse para colher
A única coisa que me domava
Era cada coração que conquistava
Sei que existe rosa por que me espetei
Também, já colhi o que semeei
Sei que existe na frente o futuro
Porque no passado saltei no escuro…