As palavras das palavras

Não sou poesia, apenas um texto ou um verso desinteressado, sem pretensão, talvez, um apoema.

Meu canto é, de letras e palavras perdidas que vagueiam pelaí, sem destino…

Umas sairam de gritos, outras de desespero e de frases engolidas por bocas com sangue…

Tem umas que entraram por um ouvido e sairam por outro, correndo dos conselhos.

Umas foram jogadas ao vento. Outras subiram ao céu, em prece, com pressa na esperança

As gaguejadas e as sussurradas também contam. Vividas da timidez e da doçura dos desejos.

Ainda, as que falaram com as paredes, são as nulas. Tontas por ouvidos bondosos.

Tem umas que ecoam até ao futuro, para lembrar os que juram, de promessas do passado.

Mais, as secretas e confidenciais e, as de sentença de destinos, de esquecidos e condenados.

As de juras de amor, reviradas de dor e lamentos do que não foi e nem será.

Tem palavrão bonito e elogios xingados. Além das mentiras meladas e verdades vencidas.

Umas de prosa mas, sem rimas, que se acham obras primas. Sem jamais passarem por um livro…