Preciso de uma musa
D’uma bela de uma presa
Para brincar de vida
E manter a chama acesa
Quatro folhas me atrevo
O amor passa tangente
Viajo através da ilusão
Dependurado pingente
Catando as surpresas
Com a sorte danço
Meu coração sonâmbulo
Em sonhos balanço
Desencontro na procura
Do pensamento já caio
Vou deixando de voar
De esperar, lacaio
Estremecem horas doces
Como um poste prostrado
Sou alvo das lembranças
Estou lá, preso no passado
Jogo pérolas aos poucos
Os frutos já não saciam
O que ainda canto não vaio
Mas, as dores já mereciam
Escrevo para ninguém
À uma forma difusa
A esperança abusando
Todo esse vazio ela usa…